No ritmo da vida | Falha em representação

O filme do diretor iniciante Phill Connel tenta contar uma história de amadurecimento, mas diferente de bons filmes com a premissa "coming of age" - estilo de narrativa em que um personagem jovem passa pelo amadurecimento - o filme de Connel é só mais um estudo de personagem que carece de desenvolvimento e profundidade.
O drama canadense com pitadas de humor conta a história de Russell (Thomas Duplessie). Aspirante a ator, infeliz, ainda à espera de seu grande papel, mas que deixou uma cidade pequena com o namorado, Justin (Andrew Bushell), para tentar a vida em Toronto. Mas as coisas acabam dando erradas quando Justin diz a Russell que deveria deixar "os shows de variedade gays" de lado e voltar a atuar, o rapaz fica ofendido, abandona a casa, o companheiro e tudo o que construiu.

Não há absolutamente nada no longa que pareça ter um real conteúdo internalizado em si: o passado de Russell, a relação com a sua avó, a ligação dela com a sua filha, o trabalho artístico do protagonista como drag queen e o namoro dele com outro homem. Trata-se tudo de uma obra sem um drama consistente ou ação, sem uma real melancolia ou alegria.
O que dá forças para a trama, é a atriz Cloris Leachman, é divertido acompanhar essa frágil e idosa mulher passar por seus antigos sonhos, traumas e sua luta em manter o neto vivo, bem e feliz. Mas que ainda assim não é o suficiente para melhorar o enredo e a narrativa do filme.
‘No ritmo da vida’ possui boas intenções, mas acaba se perdendo, e passa a ser somente um filme monótono que parece perdido em seus enredos paralelos, como se o roteiro não soubesse aonde quer chegar.
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