arte e criatividade

Bruno Del Rey: A Arte por Trás das Animações que Marcam Gerações

Wallace A. Vivas
Descubra a inspiradora trajetória de Bruno Del Rey, ilustrador, animador e supervisor artístico, conhecido por seus trabalhos em séries infantis como 'Meu AmigãoZão' e 'Senninha na Pista Maluca'.

Bruno Del Rey é um nome que ressoa entre os apaixonados por animação e ilustração, representando uma carreira repleta de versatilidade e talento. Com uma trajetória que atravessa o ensino de artes, a produção de séries infantis e a supervisão artística de projetos renomados, Bruno é um exemplo de como a dedicação e a paixão pela arte podem criar um legado duradouro.

Formado em Educação Artística em 2009, Bruno Del Rey começou sua carreira compartilhando conhecimento. Durante nove anos, ele lecionou na Quanta Academia de Artes, ensinando fundamentos de desenho, técnicas de pintura e ilustração. Esse período não apenas consolidou sua própria compreensão das bases da arte, mas também permitiu que ele influenciasse uma nova geração de artistas.

De 2009 a 2011, Bruno fez parte da equipe de animação da série infantil "Meu AmigãoZão", um projeto que capturou o coração das crianças com suas histórias envolventes e design vibrante. Essa experiência marcou o início de sua jornada na animação, revelando sua habilidade para traduzir conceitos em imagens dinâmicas e cativantes.

Em 2012, Bruno fundou o Udes Studio, que produziu animações para publicidade, pitchs para TV e ilustrações para livros infantis até 2018. O estúdio foi um reflexo de sua visão criativa e de sua capacidade de liderar projetos multidisciplinares, demonstrando sua competência como ilustrador, animador e empreendedor.

Nos anos seguintes, Bruno Del Rey assumiu o papel de supervisor artístico em séries de destaque como "Senninha na Pista Maluca", "Turma da Mônica" e "My Life is Worth Living", colaborando com a Split Studio. Em 2022, ele fez parte da equipe do Combo Estúdio, onde animou projetos como a série "Agent Elvis".

Bruno também trabalhou com concept art para o longa-metragem "Meu AmigãoZão - O Filme", da 2dLab, demonstrando sua habilidade em criar imagens que capturam o tom e a essência de um projeto. Mais recentemente, contribuiu como artista de cenário para o Alopra Estudio nas séries "Goo Jit Zu" e "Magic Mixies".

A carreira de Bruno Del Rey é um testemunho de sua versatilidade e habilidade em diferentes aspectos da produção artística. Como ilustrador, animador, concept artist e supervisor, ele construiu uma reputação baseada na qualidade e no comprometimento. Seu impacto é sentido tanto nas telas quanto nas próximas gerações de artistas que inspirou ao longo do caminho.

Bruno Del Rey continua a ser uma figura importante no mundo da animação, e sua história é um lembrete de que a paixão e o trabalho duro são os alicerces de uma carreira brilhante.

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O Universo Visual de
Catarina Gushiken

Wallace A. Vivas
Explore o universo visual de Catarina Gushiken, artista que utiliza o corpo como tela para retratar memórias, ancestralidade e espiritualidade.

A obra de Catarina Gushiken é um convite a uma jornada visual e sensorial profunda. Em suas criações, a artista explora o corpo como tela, revelando uma fusão de ancestralidade e sensibilidade contemporânea que provoca o olhar e toca o íntimo. Entre pinceladas que evocam montanhas e traços que remetem à caligrafia asiática, Catarina constrói um universo visual que é, ao mesmo tempo, intensamente pessoal e universalmente ressonante. Mas o que torna essa linguagem estética tão única

Catarina frequentemente utiliza formas montanhosas para representar os contornos dos corpos que ela pinta. Esse recurso visual não é apenas uma escolha estética, mas carrega consigo significados profundos. Para a artista, as montanhas simbolizam raízes e permanência, ligadas às suas próprias heranças culturais japonesas e okinawanas. Elas remetem a uma fortaleza silenciosa e imutável, que testemunha e guarda as histórias da humanidade. Em sua obra, essas montanhas desenhadas no corpo representam não só as camadas físicas, mas também as emocionais, de cada pessoa que serve de tela.

Catarina denomina seu estilo como “Caligrafia Sensível”, uma forma de expressão que resgata o legado da caligrafia asiática, mas transforma esse traço clássico em algo mais fluido e contemporâneo. Pintando sobre o corpo humano, ela explora questões de identidade, diversidade e memória. Esse ato de escrever nas peles é como uma arqueologia íntima: as pinceladas não apenas cobrem, mas revelam, capturando fragmentos das histórias pessoais e das memórias ancestrais dos modelos.

Um ponto central no universo de Catarina é sua conexão espiritual com as raízes culturais. Sua herança de Okinawa e suas visitas ao Japão e à China reforçam essa jornada, trazendo um senso de pertencimento e contemplação que permeia sua arte. “É como se, ao pintar, eu também fosse pintada por essas memórias”, afirma Catarina. A artista encontra nas interações com outras culturas e nas trocas de experiências com comunidades como a indígena guarani um reflexo do seu próprio eu. Esses encontros são essenciais para que ela continue se reinventando e nutrindo seu processo criativo.

O trabalho de Catarina é também uma forma de espelhamento. Ao pintar os corpos dos outros, ela absorve e reflete as experiências dessas pessoas, criando uma rede de significados partilhados. Esse processo a leva a uma espécie de troca sincera e quase meditativa com o Outro, que não é apenas uma colaboração, mas uma expansão de suas próprias fronteiras emocionais e espirituais.

No universo de Catarina, memórias são como pigmentos que tingem suas paisagens corporais. Suas pinceladas são silenciosas, mas vibrantes, falando sem palavras sobre as raízes e as pluralidades que compõem sua própria identidade e a daqueles que caligrafa. Com o uso de uma estética de tons suaves e gestos contemplativos, suas obras parecem captar o instante e o eterno, criando um espaço visual que transcende o tempo e convida o espectador a um momento de introspecção.

O universo visual de Catarina Gushiken é um testemunho de como a arte pode ser ao mesmo tempo profundamente individual e coletivamente significativa. Entre montanhas e caligrafias, sua obra fala de uma busca espiritual e da força das memórias ancestrais que habitam em cada um de nós. Através de sua Caligrafia Sensível, Catarina continua a construir pontes entre o passado e o presente, entre o eu e o Outro, revelando a profunda beleza que existe na diversidade e nas camadas da existência humana.

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O MiniDoc "Corpo-Raíz" já está disponível na plataforma Pixel Show, e no canal Pixel Show no Youtube.

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